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| Após denúncia de estelionato do MP contra Paulo Dalla Nora, Jornal repercute falência do Gerador. Mas alguns fatos ficaram de fora (Foto Valor). |
O Valor, em matéria assinada pela jornalista Marina Falcão e publicada nesta terça-feira (20) sob o título "Falência do Banco Gerador leva ex-sócios à Justiça", refletiu a total veracidade dos fatos desde o encerramento do banco em 2014.
Vale dizer que Antonio Lavareda, sociólogo, cientista político, com carreira acadêmica premiada, mais de uma dezena de livros publicados e reconhecida trajetória como consultor de comunicação e pesquisas, fez um investimento em um modelo de negócio à época promissor, sobretudo para o mercado financeiro do Nordeste. Como sócio investidor foi traído na sua boa-fé pela condução temerária e fraudulenta do ex-sócio Paulo Dalla Nora Macedo acobertado por seus parentes. Dos seus investimentos, foram subtraídos mais de R$ 90 milhões em valores atualizados.
Some-se a isso o fato dos ex-sócios, após serem interpelados administrativamente em Assembleias da empresa pelos desmandos e desvios que vieram à tona, tentarem ampliar o prejuízo de Lavareda com ações obscuras que recorreram a estelionato e fraude processual entre outros crimes que estão sendo apurados.
O Ministério Público de São Paulo, como noticiou o Conjur, já denunciou Paulo Dalla Nora Macedo por fraude em constituição de empresa fictícia para lograr proveito de cobrança indevida de Antonio Lavareda. Diz a notícia do Conjur: "Denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, depois de inquérito policial, o empresário Paulo Dalla Nora Macedo responderá por crimes de estelionato e fraude processual em Recife. Essa foi a decisão da 23ª Vara Criminal da Capital. Junto com Dalla Nora respondem também seus sócios Hilson de Brito Macedo Filho, Paulo Sérgio Freire Macedo e Severino José Carneiro de Mendonça. A denúncia lhes atribui uma tramoia ardilosa: a produção de documentos e expedientes fraudulentos para se apropriar, ilicitamente, de cerca de R$ 11 milhões de um ex-sócio em uma instituição financeira regional, a Rede Banorte, ligada ao Banco Gerador cuja administração controlavam". (https://www.conjur.com.br/2019-ago-09/empresario-paulo-dalla-nora-respondera-fraude-pernambuco)
Na primeira das ações já extinta pela Justiça, de cobrança de R$ 11 milhões, Antonio Lavareda comprovou a arquitetura fraudulenta armada por Dalla Nora e os ex-sócios e dessa forma eles se tornaram reincidentes. Pois, afora a queixa policial e ações que Antonio Lavareda ingressou contra eles, os ex-sócios respondem a mais de cem outros processos somente na Justiça pernambucana, incluindo cobrança do Fundo Garantidor de Crédito e mais inquéritos e pedidos de prisão por outras fraudes, estelionatos e emissão de duplicatas frias.
Por último, o Valor também deixou de registrar um fato que por si só atesta a confiança traída do sócio investidor nos parceiros que administrariam o banco: tanto Paulo Dalla Nora Macedo quanto seu pai, Paulo Sergio Macedo, integralizaram as respectivas cotas de sua participação no capital social do Banco Gerador - exigência do Banco Central - com dinheiro emprestado à época por Antonio Lavareda. Conforme atestam os contratos de mútuo fornecidos pelo advogado da vítima que a matéria não mencionou.
