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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Concerto da Orquestra Sinfônica do Recife nesta quarta (23)

Abertura da apresentação terá obra contemporânea do compositor Leonardo Martine/Fotos: Andréa Rêgo Barros/PCR



O encontro de divindades das mitologias romana, islâmica e yorubá será representado na abertura do concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, que acontece nesta quarta-feira, 23 de outubro, no Teatro de Santa Isabel. A apresentação, que inicia às 20h, começa com a obra O Diálogo entre Vênus, Azrael e Ogum – respectivamente os deuses do amor, da morte, e da caça e da guerra –, criação do compositor paulista Leonardo Martinelli, regida pelo maestro Marlos Nobre.

O público terá a oportunidade de participar da primeira audição da obra em terras pernambucanas. O Diálogo, que estreou este ano, em São Paulo, faz parte de uma série de encomendas feita pela Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi a jovens autores brasileiros. Na sequência, a Orquestra Sinfônica do Recife receberá a pianista Elyanna Caldas, que será a solista do concerto para piano nº 27, de Mozart.

Após o intervalo, uma das peças mais conhecidas de Beethoven, a Sinfonia nº 5, hipnotiza o público. Em cinco movimentos, a obra, que também é chamada "Do Destino", passa da tensão à leveza, revelando a grandeza do compositor alemão. Este é o terceiro concerto da temporada oficial da Orquestra Sinfônica do Recife com Marlos Nobre. A entrada é franca, e o ingresso deve ser retirado na bilheteria do Teatro de Santa Isabel, a partir das 19h.

Elyanna Caldas Silveira – Natural do Recife, iniciou seus estudos musicais aos cinco anos de idade, sob a orientação de Hilda e Nysia Nobre, realizando aos dez anos o seu primeiro recital de piano. Aos dezessete anos, como aluna de Waldemar de Almeida, representou o Brasil no V Concurso Internacional Frederico Chopin realizado em Varsóvia, Polônia. Detentora do 1º prêmio no Concurso Magda Tagliaferro (Rio de Janeiro/1957), partiu para Paris com bolsa de estudos de um ano. Em seguida fez curso de especialização chopiniana na Polônia, com a professora Marguerita Trombini-Kazuro. Em Viena foi aluna de Bruno Seidlhofer e freqüentou os Festivais de Salzburg em 1957, 1958 e 1967.

Professora fundadora do Curso de Música da Universidade Federal de Pernambuco dedicou-se ao ensino de piano entre 1960 e 1986. Também foi professora do Conservatório Pernambucano de Música, onde ocupou o cargo de Diretora de 1987 a 1991 e de 1995 a 1999. É licenciada em Música, pela École Normale de Musique de Paris, e em Letras, pela Universidade Federal de Pernambuco.

Na tentativa de ampliar as perspectivas profissionais do artista nordestino, fundou o Movimento Arte e Cultura do Nordeste, que entre 1983 e 1986 promoveu uma série de atividades que buscava a integração das artes. Idealizou e coordenou no Recife os Festivais Schumann/Chopin (2010), Liszt/Mendelssohn (2011) e Debussy/Albeniz (2012).